O que somos senão um emaranhado de nós?
Por: Gabriel de Lavor
Como indica o título, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo é uma bagunça. Inicialmente, o filme parece ser uma construção de universos complexos, com diversas possibilidades de futuros para os personagens apresentados enquanto leva a protagonista em uma jornada para salvar o universo. No decorrer do filme, senti que a mensagem era bem mais forte que isso.
Somos uma bagunça. E isso é perfeito. Imagina só o quão chato o mundo seria se assumíssemos a identidade de um personagem criado na nossa cabeça e seguíssemos um roteiro pré-definido de vida. De acordo com minhas reflexões sobre o filme, nosso verdadeiro eu reside nas mínimas escolhas cotidianas que nos fazem mais completos, nos trazendo cada vez mais perto de quem realmente somos e o que desejamos para a vida.
Contudo, não costumamos aceitar nosso status quo com tanta frequência. A tristeza e a solidão podem parecer acolhedoras no começo pois identificamos algumas consequências das nossas vidas como inaceitáveis. E essa é a mensagem que identifiquei nessa obra: precisamos aceitar nossa própria bagunça e a bagunça alheia. Afinal, o que somos senão um emaranhado de nós?
Sinopse
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo acompanha Evelyn Wang, uma mulher de meia-idade que emigrou da China, deixando os seus pais para trás para seguir o sonho americano com o marido, Waymond. Os dois abriram uma lavandaria, por cima da qual vivem com a filha, Joy, a primeira geração da família a crescer nos EUA.
Em um dia atribulado, ela é arrastada para uma aventura insana, onde precisa salvar o mundo ao explorar outros universos conectados com a vida que ela poderia ter vivido.
Sobre a Reflexão Do Dia: Periodicamente, realizamos reflexões sobre obras que consumimos e as mensagens que absorvemos delas. Trazemos debates em pauta e convidamos todos a participar deles. Deixe seu comentário com sua visão sobre a obra!
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