Por: Gabriel de Lavor
O texto a seguir NÃO CONTÉM spoilers.
Depois de 4
anos, a aclamada série dramática da Netflix, Black Mirror, está de volta! Dessa
vez com uma leva de 5 episódios, seguindo a tradicional estrutura de série
episódica, ou seja, uma história diferente a cada episódio, a série trouxe
consigo diversos atores conhecidos e tramas muito diferentes do que já vimos
até aqui.
Mas afinal, o que podemos concluir dos episódios?
Em Joan é Péssima, a Netflix critica diretamente o avanço da tecnologia deep fake e a armadilha dos termos de condições de serviço. O episódio “é muito Black Mirror”, e a crítica é extremamente atual, contando com Annie Murphy e Salma Hayek no elenco principal. Talvez eu esperava mais da conclusão, que foi bastante apressada.
Já em Loch Henry, vemos a espetacularização das obras do gênero True Crime e as consequências da exposição que elas trazem. A trama é previsível e se apoia em algumas conveniências, mas traz uma visão que frequentemente deixamos de lado, além da autocrítica realizada pela Netflix, uma vez que a polêmica série Dahmer foi um sucesso estrondoso de True Crime produzido pelo estúdio.
Beyond The Sea é aquele tipo de episódio que te faz passar raiva. Os temas abordados são a masculinidade tóxica e o transtorno pós traumático. O episódio é ambientado em uma versão alternativa da viagem do homem para a Lua em 1969. Além de contar com a presença do astro de Breaking Bad, Aaron Paul, o episódio é uma montanha russa de surpresas. Sem dúvidas, o meu preferido dessa temporada.
Seguindo em frente com Mazey Day, talvez esse seja o episódio que menos gostei nessa temporada. Apesar de criticar o poder retido pelos paparazzis nos anos 2000, onde tivemos o início da maior quebra de privacidade de celebridades com a chegada da internet e os meios digitais, o episódio se acomoda em utilizar de elementos fora da realidade para justificar seus pensamentos, se assemelhando muito com Metalhead, outro péssimo episódio da série.
Por fim, Demônio 76 é um excelente encerramento para a temporada. Apesar de também utilizar elementos que facilitam muito a compreensão do espectador, a reflexão sobre racismo, imigração e saúde mental deixam o episódio bastante interessante e seus acontecimentos me deixaram muito curioso sobre o que viria em seguida.
A 6° temporada de Black Mirror já está disponível na Netflix agora mesmo e acredito que valha a pena conferir!
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