[Crítica] Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

 Com a mesma fórmula de sucesso, temos uma boa surpresa.


Quem diria que estaríamos retornando ao mundo dos Jogos Vorazes, 8 anos depois? Confesso que tenho dificuldade em apreciar filmes quando a franquia fica parada por um longo tempo. Temos exemplos, como os filmes do Hobbit depois do Senhor dos Anéis e Animais Fantásticos após Harry Potter. Por algum motivo, sinto que os roteiros se perdem e acabam não transmitindo a mesma emoção dos primeiros filmes.

Mas será que “Jogos Vorazes: O Canto dos Pássaros e as Serpentes” (2023) vai conseguir quebrar essa impressão? Vou compartilhar minha opinião logo abaixo, sem spoilers. 

O enredo se passa 64 anos antes dos eventos do primeiro livro e conta a história de Coriolanus Snow, interpretado por (Tom Blyth), que mais tarde se tornará o presidente tirânico de Panem. A Capital está se preparando para realizar a décima edição dos Jogos Vorazes, um evento anual onde um menino e uma menina de cada um dos 12 distritos de Panem são selecionados por sorteio para lutar até a morte em uma arena televisionada. 

Coriolanus Snow, um jovem da elite da Capital de 18 anos, provém de uma família rica e influente. Ele sonha em seguir os passos de seu pai e se tornar um mentor nos Jogos Vorazes. No entanto, Snow é escolhido para mentorar o tributo feminino do Distrito 12, o pior entre os distritos. A jovem escolhida é Lucy Gray Baird, interpretada por (Rachel Zegler). Snow vê em Lucy Gray uma oportunidade de mudar sua sorte. Ele se dedica a treiná-la e prepará-la para a arena. 

Jogos Vorazes: O Canto dos Pássaros e as Serpentes não se arrisca muito e traz a mesma fórmula dos primeiros filmes. Isso é bom porque você acaba se identificando e até gostando do que está vendo. A escolha de trazer o diretor dos outros filmes foi mais do que um acerto, visto que ele conhece bem essa franquia. Temos aqui os elementos que tornaram a franquia um sucesso: as metáforas políticas sombrias, a premissa distópica e os belos atores que tornam a narrativa mais envolvente. Esse prequel entrega tudo aquilo que o fã quer ver. 

O filme traz boas atuações de Rachel Zegler como Lucy Gray Baird. Ela se inspira bastante no que vimos de Jennifer Lawrence na franquia Jogos Vorazes. Essa atriz, na minha opinião, ainda não tinha se destacado, mas com esse filme deu para perceber seu potencial sendo muito bem explorado! Já Tom Blyth, no papel de Coriolanus Snow, mostra firmeza. Mesmo com a necessidade de se esforçar, o ator consegue se encarregar de entregar uma boa representação do tirânico de Panem. No entanto, os méritos vão para Viola Davis como "Dra. Volumnia Gaul", que mais uma vez arrasa na atuação e entrega! 

Este filme tem uma duração consideravelmente longa, que poderia facilmente ter sido explorada em dois filmes para evitar que se tornasse arrastado na segunda metade. Há vários momentos em que você acredita que será o final, mas ocorrem mais reviravoltas que acabam não levando a lugar algum. Apesar de não ser um dos melhores, o CGI possui qualidade suficiente para não incomodar. A fotografia também não é ruim, assim como a edição de som, proporcionando vários momentos de sustos espontâneos. 

Nota: 7,5

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes acerta precisamente ao trazer de volta o diretor dos filmes anteriores da franquia. Com atuações excelentes e um CGI aceitável, a experiência de retornar a Panem é gratificante. No entanto, o filme perde ritmo ao tentar explicar excessivamente alguns elementos, comprometendo seu fluxo narrativo. 

Sinopse

Anos antes de se tornar o presidente tirano de Panem, Coriolanus Snow era um jovem charmoso que vê sua chance de mudar a vida ao ser escolhido como um mentor na décima edição dos Jogos Vorazes, mas seus planos entram em risco quando descobre que terá que cuidar de uma tributa do empobrecido Distrito 12, sem muitas chances de vitória.

Sobre está crítica: Chamamos esta crítica de “crítica expressa” que é uma maneira de expressar nossa opinião objetiva e clara rapidamente, sem ambiguidades ou detalhes técnicos. Compartilhamos nossa experiência após assistir aos créditos.

                                    Trailer

Diones Santana

Fundador do Acervo Nerd e apaixonado por videogames. Apresentador do canal "Diow Games" no YouTube e amante de um bom rock! facebook twitter instagram

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