Talvez eu tenha sido duro demais com Morbius!
Como falar de um
filme que já no trailer era duvidoso? Confesso que só de assistir, eu já tinha
dificuldade de gostar do que estava vendo ali. A ideia da Sony de criar seu
universo de filmes com os vilões do Homem-Aranha é, na minha opinião, no mínimo
arriscada. Em 2018, tivemos Venom, que foi até divertido; porém, sua sequência
foi terrivelmente ruim. Sem mencionar o desastre que foi Morbius (2022). Mas
vou tentar aqui falar sobre minha experiência com Madame Teia e já posso
adiantar que esta crítica, sem spoilers, é negativa.
No enredo, Cassandra Web, interpretada por Dakota Johnson, é uma paramédica em Manhattan que leva uma vida normal até que um evento inesperado a deixa com a habilidade de prever o futuro. Atormentada por visões de eventos perigosos, ela se une a um grupo de jovens mulheres com habilidades extraordinárias para enfrentar uma força sombria que ameaça o mundo.
Bom, nos primeiros minutos do filme, chegaram a ser legais e você até compra a ideia de que talvez o filme não seja tão ruim como a maioria das pessoas está dizendo. Mas esse sentimento logo vai embora, porque só esse começo funciona; depois, tudo fica um caos, desde o roteiro até a edição, e logo você percebe que foi uma simples ilusão inicial.
Vamos lá, o filme fala sobre Madame Teia, que é uma personagem das HQs do mundo do Homem-Aranha. A personagem tem o poder de prever o futuro, mas todos os momentos em que o roteiro a trabalha conhecendo seus poderes são terrivelmente ruins. A atriz Dakota Johnson aparentemente não queria estar nesse filme, fica muito claro porque, em vários momentos, ela não está atuando, está apenas seguindo o roteiro.
O filme inteiro é uma bagunça, temos Dakota Johnson (Madame Teia) e três garotas correndo de um vilão, Ezekiel Sims, interpretado pelo ator Tahar Rahim, que para mim é o pior vilão de um filme baseado em personagens de quadrinhos de todos os tempos. Em todas as cenas em que esse vilão aparece, chega a ser vergonhoso, tanto seus diálogos quanto suas motivações são muito malfeitos.
O roteiro se apoia em conveniências, onde em vários momentos eu fiquei com vontade de sair da sessão. Existe uma cena onde a protagonista pega um táxi para fugir e simplesmente esse táxi não é substituído o filme inteiro... Pense nessa situação: policiais veem um táxi sem placa batido andando pelas ruas dos EUA e simplesmente nenhum policial quis ir atrás para entender o que estava ocorrendo só porque o roteirista quis. Isso é apenas um pequeno trecho dos absurdos que acontecem nesse filme.
Preciso voltar a
dizer o quão horríveis são os diálogos dos personagens em vários momentos; eles
se parecem com diálogos de filmes de comédia misturados com o terror trash dos
filmes da era dos anos 2000. Outro grande problema é a edição, totalmente picotada,
existem várias cenas com cortes tão brutos que até quem não consome tanto
cinema vai perceber.
Então, caro leitor,
Madame Teia tem CGI dos anos 2000 e tenta entregar entretenimento, porém o que
consegue são diálogos sem nexo e edição ruim. Sem falar que não há identidade
nenhuma e muito menos roteiro… Este filme é um caos. Infelizmente, não vale o
seu dinheiro.
Nota: 1.5
Madame Teia está entre os piores do ano, se não for o pior. Este filme é simplesmente horroroso, desde os diálogos até o roteiro, a edição etc. Parece que foi cortado e remontado, e o resultado é uma bagunça totalmente desigual e sem inspiração.
Sinopse
Forçada a confrontar seu passado, Cassandra Webb, uma
paramédica em Manhattan que pode ter habilidades de clarividência, cria uma
relação com três jovens destinadas a futuros poderosos, se elas conseguirem
sobreviver ao presente ameaçador.