Imersão épica, atuações impressionantes.
Assisti recentemente “Duna” (2021) após ficar impactado ao ver o trailer do segundo filme no cinema, e decidi conferir o primeiro. Para minha surpresa, superou todas as expectativas. Fiquei realmente impressionado com o filme e gostei muito do que Denis Villeneuve construiu ali. No entanto, ao analisar seu currículo, percebi que esse diretor tem em seu histórico um dos filmes que amei assistir, que é “Blade Runner 2049”, um filme incrível.
Em “Duna Parte 2”, a história se passa no planeta desértico de Arrakis, onde a especiaria é um recurso valioso para viagens espaciais e também um poderoso entorpecente. Paul Atreides (interpretado por Timothée Chalamet), o protagonista, inicia uma guerra santa para salvar Arrakis da exploração da especiaria. Ele busca vingança pela exterminação de sua Casa Atreides e se une aos nativos Fremen, povo do deserto, para reequilibrar as forças do universo.
Posso dizer que as primeiras uma hora e meia deste filme são intocáveis, onde o diretor aprofunda aquele mundo para explicar muitos aspectos e esclarecer dúvidas. Portanto, prepare-se para mergulhar profundamente em Arrakis. A imersão neste filme é fantástica; você adentra verdadeiramente no mundo que Villeneuve construiu baseado nos livros, e cada cena, cada momento, é cuidadosamente justificado, situando-o precisamente no contexto do que está ocorrendo.
Timothée Chalamet está mais uma vez incrível. Ele realmente se destaca como protagonista, entregando uma atuação impressionante. Ao mesmo tempo, em que você duvida de sua liderança, também acredita no que ele acredita. Ao lado de Zendaya, que interpreta a personagem Chani, ambos têm uma ótima conexão em tela, assim como outros atores que comentarei mais adiante. As cenas de ação são incríveis e impactantes, expandindo o mundo de Duna nesta sequência.
A trilha sonora está impecável; mais uma vez, Hans Zimmer consegue trazer momentos épicos, conectando-nos emocionalmente com cada cena. No entanto, nem tudo é perfeito, na minha opinião. Houve algumas coisas que não gostei muito, embora não tenham estragado minha experiência. Para mim, os vilões foram enfraquecidos em comparação ao primeiro filme. O personagem de Austin Butler (Feyd-Rautha) se destaca aqui, especialmente pela ambientação que o cerca. O ator conseguiu realmente abraçar o personagem, tornando-o memorável.
A construção da guerra neste filme é impressionante, embora não atinja o mesmo nível de grandiosidade de “O Senhor dos Anéis”. O clímax é visualmente impactante, mas houve alguns tropeços na execução. Há uma construção de expectativa em torno da batalha, porém, quando ela ocorre, é breve e simbólica, o que pode desapontar alguns. No entanto, apesar desses aspectos, esta sequência é incrível.
Nota: 9.0
“Duna (Parte Dois)” é uma aventura épica de ficção científica, visualmente lindo, com um excelente roteiro e, na minha opinião, já se destaca como um dos melhores filmes do ano. Se você gostou do primeiro filme, é provável que se goste ainda mais desta sequência, pois ela é maior e melhor em todos os aspectos.
Sinopse
Paul Atreides se une a Chani e aos Fremen enquanto busca
vingança contra os conspiradores que destruíram sua família. Enfrentando uma
escolha entre o amor de sua vida e o destino do universo, ele deve evitar um
futuro terrível que só ele pode prever.
Trailer